Proibida de ir à escola na infância, aposentada aprende a ler aos 74 anos


Foram necessárias mais de sete décadas para que a aposentada Alezina Costa Marques realizasse seu sonho. E ele era muito simples: ir à escola. Proibida na infância para poder trabalhar, ela conseguiu frequentar aulas aos 74 anos e, mesmo com a idade avançada, aprendeu a escrever.

“Meu pai dizia: ‘Filho meu não vai à escola, porque eu não ponho. A escola deles é trabalhar’. Eu ia chorando para a roça, quando eu via as outras crianças passarem com os caderninhos dela na mão, indo para a escola”, conta a aposentada em entrevista à TV TEM.

Se não teve apoio dos pais, Alezina ganhou toda a força necessária de seus filhos. Uma das filhas desenha letras em uma lousa que fica na cozinha da aposentada todos os dias para que a mãe memorize e possa aprender melhor na escola municipal que ela frequenta em Itapeva, no interior de São Paulo.

Os professores que cuidam das turmas da Educação de Jovens e Adultos relatam o esforço de Alezina e dos outros alunos. Muitos deles, dizem os professores, desistiam das aulas por conta de cansaço extremo. Para mudar isso, a rotina das aulas foram modificadas e ficaram mais interativas. O resultado foi queda drástica na evasão.

Desse jeito, com muita força de vontade, incentivo dos filhos e aulas ministradas de maneira especial, Alezina superou as barreiras da vida e conseguiu aprender a ler e escrever. A felicidade ela mesma resume: “Estar dentro de uma escola é a coisa mais maravilhosa da vida. Estou muito feliz e sempre recomendo às minhas amigas”.

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