Ela rodou a América do Sul de moto e prova que "largar tudo e viajar” não é impossível


Durante nove meses, um trajeto de mais de 25 mil quilômetros pela América do Sul se tornou a casa da alemã Simone Maria Richardt, 36. A aventureira fez a viagem em uma moto, sozinha, e passou por algumas das regiões mais incríveis do nosso continente.

A bordo de sua Royal Enfield Classic 500, Simone botou na prática o famoso desejo de “largar tudo e cair no mundo". Carregada de poucos equipamentos, sem planos ou itinerários de viagem, ela superou os desafios inevitáveis em uma saga desse tamanho e, hoje, compartilha as maravilhas de sua experiência conosco. 

Imersão na América do Sul

Com a experiência de já ter conhecido mais de 100 países de moto, Simone decidiu que, nesta viagem, não faria roteiros.

Ela conta que “caiu no mundo” aos 16 anos, e passou a viajar para ter contato com diferentes culturas e "se aproximar da vivência dos moradores locais" – por isso, nesta experiência, ela não se ateve somente a pontos turísticos de cada país. 

“Como eu queria uma viagem diferente, não fiz planos do que deveria conhecer. Os dias se construíam sozinhos. Eu fazia o que aparecia ou o que algum morador me sugeria e isso fez minha experiência ser a cada dia uma surpresa”, contou a aventureira em entrevista exclusiva ao VIX. 


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Trajeto

A viagem de Simone pela América do Sul começou em Medellín, uma das cidades colombianas que se tornaram destino turístico por sua história, arte e pelo carisma de seus moradores. 

Ela passou, então, pelo Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. A última parada foi no Sul do Brasil. Em cada um desses locais, a alemã precisou se virar com o idioma - contando, claro, com a simpatia dos latino-americanos.

“Eu não sabia nada de espanhol ou português quando comecei a viagem pela América do Sul. Tive que me comunicar principalmente com gestos, sinais com a mão e expressão facial, que geraram muitos momentos engraçados e sorrisos”.
Conselhos valiosos para quem quer fazer o mesmo

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A combinação “viajar sozinha, de moto, sem planejamento” pode ser um tanto assustadora para muita gente, principalmente para mulheres. Apesar disso, uma boa dose de coragem e organização podem ajudar a contornar o receio de botar o pé na estrada. 

Ao VIX, Simone destacou 6 cuidados que fizeram de sua viagem não só tornaram sua viagem possível, mas inesquecível:
Pouca bagagem

“Meu equipamento foi realmente muito limitado, com somente o básico: itens médicos de emergência, algumas roupas, barraca e saco de dormir e algumas coisas para a moto”.
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Viaje de moto pelo seu país para entender a rotina deste tipo de experiência.
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“Quando você realmente precisar de algo, tente fazer por você mesmo ou aprenda com os moradores locais”.

Aprender sempre!

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“Aprendi a respeitar cada cultura, compartilhar alimentos, histórias, músicas, experiências de vida e sorrisos. Isso traz felicidade, pois se aprende muito com os outros”, detalha.
Tempo e trajetos

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Na viagem pela América do Sul, Simone fez trajetos de 300 a 600 quilômetros por vez. A rotina acabou se tornando muito cansativa e a alemã estendeu a viagem de dois para nove meses.

“Decidi fazer trajetos mais curtos e parar com mais calma nos destinos. Assim, fui conhecendo melhor as cidades que gostei mais”.

A orientação, portanto, é calcular o quanto de tempo você tem disponível e qual é seu limite físico para dirigir. “Pilotar por muito tempo pode parecer uma eternidade”, alerta.

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Dinheiro

“Eu economizei nos últimos anos. E, na viagem, comprava muito comida de rua, frutas e vegetais e evitava ir a restaurantes. Também fiz muitos amigos e fiquei em couchsurfing [comunidade que oferece um lugar para o viajante dormir de maneira gratuita], o que ajudou a economizar muito dinheiro”.

É preciso ainda colocar no orçamento os gastos com gasolina, manutenção e cuidados com a moto. “No final dos noves meses, eu gastei 10 mil euros (mais ou menos R$ 37 mil), incluindo o gasto com a moto, que comprei na Colômbia

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